27 de fevereiro de 2011

26 de fevereiro de 2011

I miss you

Walk-in Closet (V)


http://home-styling.blogspot.com/


Imagens bastantes inspiradoras do blog home-styling da Ana Antunes, uma das decoradoras da equipa do Querido mudei a casa
**

21 de fevereiro de 2011

14 de fevereiro de 2011

Love....

I miss you


No dia dos namorados sinto mais a tua falta, mas tenho ainda mais orgulho em ti ...

13 de fevereiro de 2011

I miss you

Imagem roubada deste site











E as saudades que começam a apertar a cada dia que passa mais um bocadinho e mais um bocadinho...



11 de fevereiro de 2011

Do Lubango a Benguela (II)




Do Lubango a Benguela









E deu se LUZ!!


O google sempre a surpreender nas datas importantes
**

8 de fevereiro de 2011

#1


Para quando tiver 1000€ a sobrarem me na conta...

7 de fevereiro de 2011

5 de fevereiro de 2011

Deolinda - Parva que Sou, Coliseu do Porto. Assim damos a volta a isto!



Somos mesmo parvos, por deixar andar... culpamos os políticos mas fazemos alguma coisa para os substituir?? Alguém desta geração se interessou pela politica, não pela politica do tachinho mas sim pela politica que se interessa pelo país? e eu por mim falo, nunca fui militante de que partido fosse, nunca me interessei por saber dos seus ideais. É por tentarmos fazer parte do mundo da politica, lutando pelas nossas ideias que irmos fazer alguma coisa, não é ficarmos sentados a aplaudir uma única pessoa que está a tentar mudar algo que iremos conseguir...

4 de fevereiro de 2011

Valentine's Day

Tudo no net-a-porter

... e como eu trocava todos os peluches melosos,  ramos de rosas, chocolates aos coraçõezinhos pela possibilidade de passar o dia dos namorados contigo **

2 de fevereiro de 2011

25º Aniversário do miúdo que nos ditava as horas de ir "fazer xixi e cama"


Às vezes tenho saudades desse tempo, em que a única responsabilidade era brincar com as bonecas...

Só um Mundo de Amor pode Durar a Vida Inteira

 "Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. 

O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixonade verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.

O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também. "

Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Expresso'